O V SEMINÁRIO REGIONAL DA ABEPSS
NORDESTE, intitulado: Precarização da
Educação: Trabalho docente e Formação profissional em Serviço Social, realizar-se-á
em João Pessoa, no período de 10 a 12 de setembro de 2013, no campus da
Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Com vista a disseminar o debate a
partir do tema proposto, o evento sugere não só a socialização da produção
acadêmica e intercambio das UFAs da região, mas também a construção de
estratégias que venham a fortalecer a formação profissional de qualidade, em
consonância com as Diretrizes Curriculares defendidas pela ABEPSS e a implementação do
Plano de Lutas em Defesa do Trabalho e da Formação Profissional e Contra
a Precarização da Educação.
O que temos visto na conjuntura
brasileira e particularmente no debate sobre Educação e Precarização do Trabalho
Docente é uma “crise da razão crítica” (BIANCHI, 2012), claramente exposta na
contrarreforma do Ensino Superior no país. A isso se soma um momento de difícil
enfrentamento pelos setores críticos da universidade, que tem pautado
resistência e contraposição a esse
processo, tanto explicitando qual o sentido da reconfiguração do ensino
superior, quanto seu papel estratégico numa sociedade de classes como a nossa.
De certa forma, o padrão
produtivo e de consumo, indexado ao modelo científico-tecnológico hegemônico,
por um lado, vem produzindo práticas, valores e éticas que, arraigadas na
práxis social tornam-se verdades absolutas e, por outro, cegueiras
imperceptíveis. Processos que, à luz da razão emancipatória, não podem ter
sentido para a humanidade. O produtivismo acadêmico estéril, o individualismo e
a competitividade individualista são exemplos dessa lógica. O que se percebe é
que o caráter da intervenção do Estado, circunscrita ao Ensino Superior, tem na
justificativa-chave a aplicação do Ensino à distancia, por exemplo, como
alternativa para compensar as históricas deficiências do sistema educacional
brasileiro, o que evidencia com toda força que nos países de capitalismo
periférico como o Brasil, não há outra opção de democratização e
universalização do ensino, justificativa
ideológica que define o conservadorismo mesmo da proposta, justamente porque o
direito à educação igual para todos e as melhores condições de aprendizagem não
são reservadas à totalidade da população, sendo assim “o uso do ensino a
distância, mais barato e mais adequado às nossas características de pais pobre”
(DE PAULA, 2009).
No ensino superior
presencial, “Os processos mais nítidos em que se
materializa esta lógica ocorrem, principalmente, na predominância da avaliação
quantitativa da produtividade dos indivíduos e dos grupos de pesquisa, na
precarização das condições do trabalho docente e no desenvolvimento da oferta
de serviços educacionais ao mercado, tendo em vista a captação de recursos”
(VALE, 2012). Nesse sentido, entendemos ainda que “as medidas desencadeadas pela aprovação da LDB
(exame nacional de curso, mestrados profissionalizantes, substituição dos
currículos mínimos por diretrizes curriculares, cursos sequenciais, ensino à
distância em todos os níveis) seguem as orientações da privatização das
políticas sociais, de favorecimento da expansão dos serviços privados, de
diversificação e massificação do ensino e de reconfiguração das profissões”
(ABEPSS, 2010).
Para as entidades como o ANDES-SN, o conjunto CFESS/CRESS,
ENESSO e a atual gestão da ABEPSS, o
papel da Universidade e da esquerda acadêmica nesse momento é fundamental, pois
“abriga a construção do pensamento crítico e da disputa teórica, política e
ideológica em relação à concepção de
universidade, da sua função social, do papel e dos sentidos do fazer
acadêmico, da ciência e da tecnologia, vale dizer, da produção do conhecimento”
(AMARAL, 2012). Também “[...] no âmbito da formação profissional, os desafios
nos chamam a construir estratégias de resistências coletivas. Lutar contra a
precarização do trabalho docente, que repercute direta e negativamente no processo
de formação profissional dos(as) estudantes, e que são expressos pelo
produtivismo acadêmico, pela expansão do ensino superior sem qualidade e
estrutura, pela anulação das conquistas e pelo estrangulamento das dimensões de
ensino, pesquisa e extensão como indissociáveis”.
Nesse sentido chamamos todos
os(as) assistentes sociais e estudantes de Serviço Social a participar desse
Seminário no intuito de fomentarmos o referido debate e construir as
estratégias pertinentes ao enfrentamento do processo de precarização da
educação e da formação em Serviço Social.
Gostaria de saber se será disponibilizado alojamento para estudantes de outros estados?
ResponderExcluirComo fica alimentação e alojamento?
ResponderExcluirParabéns companheiras e companheiros da regional Nordeste! Rumo à Oficina Nacional de Graduação e Pós-Graduação da ABEPSS de 04 a 06/12/13 em Goiânia/GO!!!
ResponderExcluirRegina
quero saber quanto custa a inscrição do evento.....agradeço Angela
ResponderExcluiré necessário que a classe estudantil seja mais unida para a participação desses eventos no nordeste......
ResponderExcluirVai haver alojamento para nos estudantes?
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